«Arrependido» acusa <i>il cavaliere</i>
Ao extenso rol de escândalos e acusações contra o primeiro-ministro italiano somam-se as declarações comprometedoras de Gaspare Spatuzza, mafioso «arrependido» que está a ser ouvido no âmbito do processo contra o empresário siciliano, Marcello Dell’Utri, aliado de negócios e co-fundador do partido de Berlusconi, Forza Italia, condenado em primeira instância a nove anos de prisão por associação mafiosa.
Numa audiência realizada, dia 4, em Turim, Spatuzza declarou que o actual chefe do governo teve ligações com a organização criminosa Cosa Nostra, no início da década de 90, altura em que construiu o seu império empresarial-mediático, a partir do qual se lançou na conquista do poder em benefício dos seus interesses económicos e dos seus associados.
Segundo o «arrependido» essas ligações remontam a 1993 quando Marcello Dell’Utri e Silvio Berlusconi concertaram com o seu patrão, Giuseppe Graviano, uma campanha de atentados destinada a criar o caos no país e a facilitar a chegada ao poder da Forza Italia.
Os ataques terroristas tiveram lugar em 14 de Maio em Roma (sem vítimas), em 27 de Maio em Florença (cinco mortos e 48 feridos) e em 27 de Julho em Milão (cinco feridos) e Roma (alguns feridos).
Mas foi depois do atentado falhado contra o estádio olímpico de Roma, em 31 de Outubro daquele ano, que Graviano confiou ao seu braço direito: «Está tudo bem combinado com os políticos, conseguimos tudo o que queríamos». «Ele confirmou-me o nome de Berlusconi», declarou Spatuzza. «Depois falou-me de um compatriota siciliano e referiu o nome de Dell’Utri.»
Apesar de não ser a primeira vez que il cavaliere é suspeito de ligações mafiosas, as declarações de Spatuzza foram qualificadas como uma «bomba atómica» pelo presidente da Assembleia Nacional, Gianfranco Fini.
Entre 1973 e 1975, Berlusconi teve ao seu serviço um conhecido mafioso chamado Vittorio Mangano, que veio a ser condenado a prisão perpétua por duplo assassinato. Indícios de contactos com o mundo do crime antes da sua primeira vitória eleitoral, em 1994, levaram a procuradoria de Florença a abrir uma investigação que seria arquivada em 1998 por falta de provas.
Apesar de tudo isto, Berlusconi desmente todas as acusações, afirmando em comunicado publicado dia 29: «Se há alguma pessoa que por natureza, sensibilidade, mentalidade, origem, cultura e acção política, está muito longe da Mafia, essa pessoa sou eu».
Numa audiência realizada, dia 4, em Turim, Spatuzza declarou que o actual chefe do governo teve ligações com a organização criminosa Cosa Nostra, no início da década de 90, altura em que construiu o seu império empresarial-mediático, a partir do qual se lançou na conquista do poder em benefício dos seus interesses económicos e dos seus associados.
Segundo o «arrependido» essas ligações remontam a 1993 quando Marcello Dell’Utri e Silvio Berlusconi concertaram com o seu patrão, Giuseppe Graviano, uma campanha de atentados destinada a criar o caos no país e a facilitar a chegada ao poder da Forza Italia.
Os ataques terroristas tiveram lugar em 14 de Maio em Roma (sem vítimas), em 27 de Maio em Florença (cinco mortos e 48 feridos) e em 27 de Julho em Milão (cinco feridos) e Roma (alguns feridos).
Mas foi depois do atentado falhado contra o estádio olímpico de Roma, em 31 de Outubro daquele ano, que Graviano confiou ao seu braço direito: «Está tudo bem combinado com os políticos, conseguimos tudo o que queríamos». «Ele confirmou-me o nome de Berlusconi», declarou Spatuzza. «Depois falou-me de um compatriota siciliano e referiu o nome de Dell’Utri.»
Apesar de não ser a primeira vez que il cavaliere é suspeito de ligações mafiosas, as declarações de Spatuzza foram qualificadas como uma «bomba atómica» pelo presidente da Assembleia Nacional, Gianfranco Fini.
Entre 1973 e 1975, Berlusconi teve ao seu serviço um conhecido mafioso chamado Vittorio Mangano, que veio a ser condenado a prisão perpétua por duplo assassinato. Indícios de contactos com o mundo do crime antes da sua primeira vitória eleitoral, em 1994, levaram a procuradoria de Florença a abrir uma investigação que seria arquivada em 1998 por falta de provas.
Apesar de tudo isto, Berlusconi desmente todas as acusações, afirmando em comunicado publicado dia 29: «Se há alguma pessoa que por natureza, sensibilidade, mentalidade, origem, cultura e acção política, está muito longe da Mafia, essa pessoa sou eu».